Ao que me dá força.
Ao que me guia tão livremente,
A ponto deu achar que estou caminhando
De forma independente.
Ao que me envaidece,
Mesmo sendo pecado.
Ao que me ampara,
Mesmo eu estando totalmente errado.
Ao que carrega a minha cruz
E me direciona sempre para um caminho de luz.
Ao que sempre me diz:
“Meu filho tu és especial.”
Mesmo nos momentos
Em que eu me sinto fora de eixo
E chego até a me achar anormal.
Ao que vê meu choro
Enquanto os mortais acham que eu estou sorrindo;
Ao que valoriza-me pelo que realmente sou
Sem se importar com o que estou vestindo.
Ao que me dá esperança quando
Eu acho que já não dá mais.
Não sei seu nome,
Morada, cor, muito menos feição.
Não sou seguidor de dogmas
Rituais, sequer tenho religião.
Mas a Ele, eu entrego os anseios meus.
E a esse meu amigo que livra-me sempre do perigo
Eu chamo carinhosamente de Deus.
Bruno Rico.